Comercialização

A comercialização de produtos agrícolas nos impõe uma breve reflexão acerca dos mercados para a agricultura de base sustentável, especificamente aqueles resultantes da produção familiar, caracterizada pela policultura, baixíssimo uso de insumos externos, e que enfrenta, com muita frequência, problemas relacionados a falta de recursos, a dificuldades de acesso a financiamentos, a pequena produção e instabilidade no fornecimento, certa vulnerabilidade quanto aos aspectos climáticos.

São visíveis as dificuldades enfrentadas pela agricultura familiar no que se refere a comercialização de seus produtos, principalmente se for feito de forma individual e através de canais convencionais. Mesmo considerando o diferencial de um produto de base ecológica, é necessária toda uma estrutura para que esse produto chegue ao consumidor de forma oportuna e com qualidade, para que possa assim, ser vendido por um preço justo.

Feira da Agricultura Familiar em São Desidério

A proposta do Sidaf é de que possamos fazer uma análise destes aspectos relacionados a comercialização destes produtos, fazendo então uma reflexão quanto aos canais e as condições mais propícias para que esses produtores familiares possam comercializar seus produtos em condições que lhes permita uma vida digna e justa.

Para fins dessa reflexão vamos analisar alguns conceitos de mercados convencionais, institucionais, mercados imersos e, por fim, o que se chama de mercado justo (fair trade). É importante considerarmos que a definição do escoamento da produção está relacionada com a extensão da cadeia pela qual o produto será transferido do produtor para o consumidor. Conforme a extensão desta cadeia, ou seja, a maior ou menor distância entre o produtor e o consumidor, maior ou menor será o preço do produto, tanto para um, quanto para o outro.